terça-feira, 11 de março de 2008

A Clockwork Orange


















“What’s it going to be then, eh?”


And that is me, my little Brothers and Sisters, Your Humble Blog Writer veck, humbly asking, what gives for not yet having your glazzies put on this horrorshow book vesch?

Why, when you make up your rasoodocks for doing it, you shall learn all there is to be learned about pretty polly, and how to earn it. About the lovely devotchkas and their nasty malchiks; and, of course, about the old in-out-in-out. And let us not forget the old moloko, milk plus that is, and the red red krovvy spilling like wonderful vino after an entertaining twenty-on-one tolchoking of some harmless vecks’ litso.

Oh my dear droogs and only friends, you shall even be told about choice, imagine that, choice, on this wicked and cruel world!, such a wicked and cruel world as old Bog sees it desirable to be.

And all that shall be like govoreeted in slovos that are at the height of nadsat fashion, even though you can always go for the sinny piece by old Stanley K.

But anyways is rightways and whatever the choice might be, you may want to itty along with it while missing skolliwoll, and peeting at some milky chai, munching away at some scrumptious toasts with jammywam and eggywegs, and slooshying lovely Ludwig Van and beautiful Wolfgang Amadeus.


Oh, and you shall weep boohoohoo at the misadventures of poor poor little Alex in this heartless world, which is like full of baddywad chellovecks and the nasty tolchoking of the innocent and guilty unalike. And all that cal.















(those of you, my little Brothers and Sisters, who are less learned in nadsat slovos, can always viddy them like at the nadsat dictionary...)

sábado, 26 de janeiro de 2008

The borderline world
















One gets undressed.

And one never knew where she’s from. She stutters as she gets on the plane, and then I understand it all, on love that is lost and on the birth of poetry. All of a sudden, I realize there’s nowhere I’m from. I'm just like her.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Um qualquer título

Por vezes ele sente o frio gélido dos seus próprios dedos, a escavarem úlceras no coração da sua alma. Como se procurasse o infinito na escuridão fria de um qualquer vácuo interior ainda inexplorado.

Repousa. Remexe-se. Repete, silenciosamente, as palavras que um dia uma voz carinhosa lhe sussurrou ao ouvido…é tempo de descansar.

Ao fundo, uma música toca. Fala de um baile num grande salão. Da menina que quis entrar, vestida de flores vermelhas. De castiçais frescos e elegantes. De uma cerimoniosa orquestra vitoriana, dirigida por um coelho branco, tornado amargo pela vida. Dos manequins de porcelana que alguém se lembrou de incluir na dança. De doenças que ninguém se lembrou de curar. De bebés que interrompem a orquestra, transformando-se em monstros. E de monstros que se transformam em bebés, quando confrontam a sua própria mortalidade. De uma história, incompleta, que atormenta os casais que procuram entrar na dança.
De MacBeth, ao fundo, que come uma maçã enquanto aprecia a sua perdição. De ponche. Da pomba que acasala com um corvo, no centro do baile. Da decoração vermelha e das madeiras de carvalho, infalíveis. De um pouco de beleza, extraída ao vazio.

É tempo de descansar.

segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

In a heartbeat














Para acabar bem o ano…o último filme que vi (revi) em 2007 foi 28 Days Later.

Quem ainda não viu, está a perder o melhor filme sobre a natureza humana que foi feito nos últimos anos, deste lado da via láctea. Os zombies – pelos quais o filme é mais conhecido – estão lá para enganar (e nem sequer são realmente zombies).

Realizado por Danny Boyle – o mesmo de Trainspotting e The Beach –, o filme baseia-se em premissas simples. Em plena Grã-Bretanha, surge uma forma altamente contagiosa de raiva que, ao transmitir-se, tira qualquer réstia de raciocínio aos infectados, tornando-os predadores violentos, incontroláveis, e sedentos de sangue. A infecção espalha-se depressa e, em breve, já alastrou a toda a ilha.

28 dias depois do início da infecção, um desorientado Jim (Cillian Murphy) acorda de um coma prolongado e dá por si completamente sozinho, num mundo estranho. Percorre o hospital vazio e deambula por horas pelas ruas de Londres, igualmente desertas, e repletas de sinais de destruição.

Quando finalmente encontra outras pessoas, descobre, horrorizado, a dimensão do que aconteceu. Quando a epidemia surgiu, milhões foram infectados. E, dos que não o foram, uma larga parte morreu no caos resultante da epidemia. Toda a sociedade foi destruída, e a Grã-Bretanha tornou-se, literalmente, numa ilha fantasma. Quanto ao resto do mundo…bom, ninguém sabe.

É nesta realidade pós apocalíptica que Jim e os outros sobreviventes – Selena (Naomie Harris), Hannah (Megan Burns) e Frank (Brendan Gleeson) – resolvem abandonar Londres para encontrar alguma esperança noutras paragens. A viagem vai ser perigosa, mas tanto não devido a encontros indesejados com infectados; como devido ao encontro com outros sobreviventes. Acabada a ordem social, começou, entre homens, a luta primal pela sobrevivência; e pela dominância.

O belo de 28 Days Later é que, para além de estar muitíssimo bem feito em todos os sentidos, não pretende ser um filme moral, ou sequer pessimista. Retrata o melhor e o pior de que o ser humano é capaz. Mas não há nem bem nem mal. Há apenas pessoas, que tomam opções humanas em situações extremas. O sumo do filme está no jogo que se cria entre as opções tomadas, e nos desfechos dessas opções. E tudo com aquele delicioso toque posh-grunge-londrino que Danny Boyle imprime a tudo em que toca.

E, com tanta coisa boa, a banda sonora também não podia deixar de ser 5 estrelas. Aqui fica a música da sequência mais climática do filme:




John Murphy, Brian Eno & The Blue States - 'In the house, in a heartbeat'


PS: já há um 28 Weeks Later e diz que não é uma sequela mal amanhada. Está na minha lista para 2008...


domingo, 30 de dezembro de 2007

Diálogo

Alexandria, 28 aC. Marco António, o general, é interpelado pelo seu principal oficial, Lucius Vorenus:

Vor: Sir, your wife instructed me to tell you something.
Ant: Oh..?
Vor: She instructed me to tell you that you are cowardly scum.
Ant: Oh…she did, did she? And…and what’s your opinion on that?
Vor: It’s not my place to have an opinion, Sir.
Ant: Nah…tell me anyway.
Vor: Is that an order?
Ant: Yes. That’s an order.
Vor: You’re no coward. But you do have a strong disease in your soul. A disease that will eat away at you – until you die.
Ant: Really…? Hmm. And what is this disease?
Vor: I don’t know. I’m not a doctor.
Ant: No. No you’re not. So how can you be…so sure of your diagnosis, then?
Vor: I recognize your symptoms. I have the same sickness.









Da série Rome, ep. 21, "Deus impeditio esuritori nullus"

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

A tendency to start fires

Tenho um grande problema com a generalidade das fontes de autoridade. Arrogam-se poderes que eu nunca lhes concedi.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Marlene Dietrich

.



















Nur...schöne
.

House of the Rising Sun

.
There is a house in New Orleans

They call it the Rising Sun
It’s been the ruin of many a poor girl
And me, oh God, I’m one

A melhor definição que conheço de blues… é esta música.
A história é simples, como em qualquer boa canção de blues, apesar de poder ser vista de duas perspectivas…a masculina e a feminina.
A feminina conta-nos a história da rapariga que abandona a pobreza do lar para se aventurar na grande cidade, acompanhada por um namorado que se revela um apostador alcoólico. A vida dá as suas voltas…e quando dá por si, a rapariga – entretanto tornada mulher… – resigna-se a uma vida de ruína num presumível bordel… o Rising Sun. Esse é o seu destino, inevitável e inultrapassável. Para lá foi, de lá nunca sairá. Resta-lhe a coragem resignada de quem já não espera nada de novo da vida. E canta os blues… para evitar que mais raparigas novas venham a seguir as trágicas pisadas que ela seguiu.
A perspectiva masculina fala-nos do rapaz que vem de um meio familiar pobre, onde a mãe trabalha arduamente, mas o pai bebe e joga. Ruma a New Orleans, onde encontra a desgraça e a ruína no Rising Sun… bar, bordel, salão de jogos, prisão? Talvez todos ao mesmo tempo…o seu destino está traçado, e é um de pecado e decadência; a redenção já não é possível. Existe, no entanto, algum conforto final em alertar o mundo da perdição que se esconde nas tentações do Rising Sun…
Para além da inevitável versão dos Animals, aconselho as versões de Tracy Chapman, Frijid Pink (em pleno nascimento do hard rock, oh yeah) e a incontornável delícia que Nina Simone fez a partir do tema.
E claro, este docinho, by Jimi Hendrix:


.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Intimidade

Escreverias poesia com a tua existência? E fá-lo-ias por alguém?
Sim, eles querem fazê-lo. Severino odeia-os por isso. Observa-os friamente, devassa-os, enquanto os seus corpos recitam versos atormentados, estrofes de prazer e de dor, em olhos de fel que se abstraem dos lábios de mel.
Observa-os e alimenta-se deles. Saboreia sonhos e pesadelos. Conspira para se imiscuir num mundo privado que nunca poderia criar. Fá-lo sem sentimento. Sem remorsos. Destruir, para depois reconstruir, à sua própria imagem.
A sua cara é invisível.
Os dedos, gélidos, acompanham alegremente a melodia. Mahler insinua-se, e o homem mata-o, a cada novo sustenido – consome-o, a cada bemol. Sorri. As mãos aguardam, serenas, inebriadas por mantos aveludados de sangue, passado e futuro. O perfil sombrio espera por ser acordado da inacção de uma letargia de desprezo. Espera excitação. Quando lágrimas escorrem no palco, ele saboreia-as lentamente, fascinado pelo horror mundano.
Mantém-se oculto, na luz ofuscante.
E ataca, impiedoso. Invisível, sempre invisível.
As suas vítimas agradecem-lhe.
Desaparecem.
Perdem-se.
Perdem.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Un tango per Mafadita



Gotan Project - Diferente

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Rosemary Clooney






































O melhor dos motivos para se ter vivido durante os fifties.

O vento

- Anda ter comigo.
- Porquê?
- Porque te peço.
- Beija-me.
- Não. Acaricio-te, apenas.
- Deixas-me mais parvo do que na verdade já sou.
- Isso é porque te amo. Mas também porque já não somos nada um para o outro.
- Nunca fomos.
- Mas fingimos bem. Repara no vento.
- Onde?
- Naquela tempestade que se aproxima.
- É assustadora e bela. Tem significado e concretização.
- Foi onde perdi o meu coração. À procura do vento.
- Entretanto desvanecemo-nos.
- Um no outro.
- Um para o outro.
- Só restou o que não quiseste chamar amor.
- O que te limitaste a tratar como paixão.
- Nunca soube perder-me na bonança.
- Não a tens dentro de ti.
- Morro dentro de mim. Por isso vivo fora. Por isso vivi em ti.
- Sou única, no vulgar.
- És como a flor que implora para ser admirada antes de secar.
- Olharias por pétalas que secassem?
- Não as deixaria secar.
- Desce comigo à praia. O céu está cinzento e a areia húmida entranha-se nos nossos sonhos.
- Onde reencontrarei a minha alma?
- Aqui. No interior do momento.

Quem sou eu?

O meu nome é Rui e não sou mau tipo, apesar de geralmente não usar meias a condizer com os sapatos, o que não abona a meu favor. Prometo publicar pelo menos um post por cada 46 dias, nunca linkar o Abrupto (sim, sei que será difícil resistir) e nunca escrever duas vezes de seguida a expressão ‘fenomenologia pós-estruturalista’ no mesmo parágrafo.

Prometo ainda nunca cumprir nenhuma destas promessas, o que é extensível a qualquer outra que venha a fazer entretanto, tal como a contida nesta frase.

Encorajam-se os comentários dos leitores, apesar de não se aceitarem nem críticas construtivas (o mesmo vale para as construtivistas) nem comentários de indivíduos que assinem como ‘hermenildo’ e pretendam mencionar o 4º andamento da Quinta Sinfonia de Beethoven.

Bem vindos! Este espaço também é vosso.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

I'll start this off without any words...



The Strokes - Reptilia

terça-feira, 7 de agosto de 2007

#1

Onde é que começa?